A região do Alentejo, em Portugal, é repleta de belezas que deslumbram e encantam. Com incríveis paisagens, patrimônios naturais e heranças do passado, a região é uma combinação perfeita para amantes de História e Arquitetura. Um lugar para deixar-se envolver por séculos de história e aproveitar a imensidão da natureza, cheio de oportunidades esperando para serem vividas. Conheça um pouco sobre 5 vilas localizadas na região alentejana:
Marvão
Situada no ponto mais alto da Serra de São Mamede, encontra-se a encantadora Vila de Marvão, em um ambiente de paz de espírito e tranquilidade. Rodeada por muralhas do século XIII e do século XVII, ergue-se bem alta esta histórica vila de ruas sinuosas e branco casario, mostrando que o tempo não é tão rápido e veloz como tantas vezes parece.
Ao visitar Marvão tem-se a certeza de se visitar a própria história, que corre nestas ruas estreitas de arquitetura alentejana, heranças góticas e testemunhos medievais de outros tempos, marcados no típico granito local.
O Castelo e as imponentes muralhas do século XIII são monumentos inesquecíveis da Vila, mas Marvão tem bem mais para oferecer, como a Igreja Matriz do século XV, a antiga Igreja de Santa Maria e o Museu Municipal, com coleções etnológicas e arqueológicas da região.
Monsaraz
A vila de Monsaraz, ainda hoje envolta pelas suas muralhas medievais, ergue-se sobre uma vasta região que inclui o vale do Guadiana e Albufeira do Alqueva, no Alentejo, situação privilegiada propícia a uma presença humana muito remota, embora não haja certeza acerca de uma ocupação castreja ou mesmo romana.
A única certeza é a de que o povoado já existia no período de ocupação muçulmana, devendo datar de então as suas primeiras fortificações. Ocupada pelos cristãos depois da conquista de Évora, por Geraldo Sem-Pavor, seria posteriormente doada à ordem dos Templários e, após a extinção desta, passaria para a posse da Ordem de Cristo, sucessora daquela em território nacional.
Castelo de Vide
Castelo de Vide é uma vila alentejana de tradições bem mantidas, bem orgulhosa das suas festas populares, intensamente vividas pela população local, como acontece na Páscoa e no Carnaval.
O casario branco da Vila, que sobe e desce a colina encimado pelo Castelo, cruza-se com anos de história e ocupação remota, pois existem diversos monumentos megalíticos, como o Menir da Meada.
Na vila destacam-se o alto do seu Castelo e os bonitos panoramas, mas também a “Judiaria”, um dos exemplos mais importantes e preservados da presença judaica em Portugal, remontando ao século XIII, preservando-se aqui igualmente um dos maiores espólios de arquitetura civil do período gótico. A Judiaria ainda preserva a Sinagoga, as janelas e portas ogivais das habitações e as portas da oficina ou comércio, algumas decoradas com símbolos profissionais.
Mértola
Com vestígios que remontam ao Neolítico, Mértola apresenta, atualmente, sítios arqueológicos que permitem regressar ao passado sem a ajuda da máquina do tempo. A vila tem uma história muito importante, que a coloca desde há alguns anos num local de destaque nacional e internacional no que diz respeito à arqueologia e ao patrimônio.
A cidade cresce e sobre o antigo Fórum romano onde, depois de vinte anos de escavações, é possível identificar com clareza as habitações com os seus vários compartimentos, os tradicionais pátios centrais das casas árabes e as ruas. O Museu de Mértola possui um núcleo de Arte Islâmica, o que de mais representativo se pode conhecer dessa época.
Arraiolos
Perca-se em Arraiolos, um local único e extraordinário, onde pode se praticar a mais pura tradição alentejana de esquecer que existe pressa, tendo todo o tempo do mundo. A vila possui muitos locais de interesse dos mais variados tipos.
Nos aspectos Histórico-Culturais destacam-se o Castelo de Arraiolos, um dos únicos castelos circulares do mundo, a Pousada de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia de Arraiolos, a Igreja Matriz de Vimieiro, a Ermida de São João do Campo, Santana do Campo, o Palácio da Sempre Noiva de Arraiolos e o Palácio dos Condes de Vimieiro.
Com vestígios de presença humana em tempos remotos, provavelmente desde o Neolítico, ou até do Calcolítico, a região de Arraiolos já teria mesmo uma significativa ocupação humana desde o IV Milenio a.C.